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domingo, 10 de outubro de 2010

Ser Verdadeiramente Humano...

Em tempos de crise, perdemos mais tempo a falar da aprovação do orçamento de Estado, e de dinheiro, do que realmente nas pessoas. Infelizmente "perdemos" pouco tempo a falar das Pessoas. Assim, não pra remar conra a maré, mas simplesmente para sensibilizar para o que é verdadeiramente importante, estou a explorar com os alunos de EMRC do ensino secundário, os valores e direitos humanos. Como tal, passei-lhes um filme, que os pretendia despertar para a temática que vamos explorar e achei que era importante partilhar convosco, aquilo que eles sentem...e sentiram...

Eis uma dessas opiniões:

Algo tão cruel, tão doloroso, tão impensável …
Em 1994, Paul Rusessabagina, director de um hotel, depara-se com uma situação deplorável na região onde reside. Os rebeldes hutus entram em confronto com os “insectos”, os tutsis. A etnia foi um dos principais pontos de iniciação deste considerado genocídio. Paul resguardou mais de 1200 tutsis no hotel que dirigia ( Milles collines ), davas-lhe comida, bebida, conforto, tratava-os como verdadeiros HUMANOS, durante aquela época inacreditável na história humana.
A ONU, foi a única força de paz a interferir, graças a ela existiu um fim risonho para alguns seres humanos. Paul contactou imensas vezes com o resto do mundo, imagens e depoimentos cruéis enchiam o ecrã da televisão, apesar de ninguém interferir com algum tipo de ajuda.
O hotel mille collines depressa se torna um local protegido, relativamente á sua clientela e reconhecimento a nível internacional. Quando se dá o conflito, é um imenso desespero, cada um luta pela sua própria sobrevivência, incluindo a família de Paul Rusessabagina.
Depois do visionamento deste incrível filme, dei comigo a pensar: - Como é possível este tipo de pensamento existir abundantemente na cabeça de um ser humano? Porque é que o homem não se aceita tal como é? Como é possível ninguém ter intervido? Deixar pessoas sozinhas, frágeis, tudo por causa de uma raça? Custa-me pensar em tal barbaridade. Deixar imensas pessoas a falecer, a lidar com a perda de alguém querido, a morrer á fome e á sede ou ser brutalmente assassinada, isto não é de pessoas humanas … Neste filme a vida humana é retratada como um verdadeiro brinquedo, manipula-se, destrói-se e abandona-se, é como não existisse cidadania, sentimentos, coração. Todo o resto do mundo passou impugne a este genocídio, o homem fechou os olhos, refugiou-se na ignorância e foi incapaz de ser humano. Custará muito enviar forças, ajudar a salvar várias vidas? Não, não custa. O orgulho fala mais alto, a reputação e a grandiosidade, ninguém era capaz de ajudar pessoas “ pretas”, pobres, era quase como “ não fizessem falta na humanidade”. Bastava alguém tomar iniciativa, é certo que depois de uma pessoa iriam aderir muitas mais … ai poderiam sentir-se bem consigo mesmas, realizadas e pelo pouco que tivessem feito, tinham sido humanos. O amor, o carinho, a paz, caiu no desuso, apenas se via violência no coração daqueles “ seres humanos” . Este filme foi de tal forma marcante, que é extremamente complicado descrever tudo o que senti ao vê-lo, provocou-me revolta, dor …
Por vezes, ouvimos tanto dizer: “ o ser humano é perfeito” de perfeito ele não tem nada, e isto reflecte-se na maneira como age perante a sociedade, é deplorável.
No meio de tanta crueldade por parte do resto do mundo há alguém que se destaca, que luta com todas as suas forças, que é um verdadeiro homem, PAUL. Paul Rusessabagina merece ser enaltecido e recordado para sempre nos corações da humanidade como um verdadeiro HUMANO, único e que agiu de maneira perfeita!


As nossas mãos são capazes de tudo, temos de usá-las para uma luta a favor da VIDA!

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